quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Capitulo 3 - Redenção - Fanfic


–Mamãe, estou te chamando há horas – Sophie disse puxando levemente minha blusa. Eu estava sentada em minha cadeira de frente para meu notebook, tentando terminar meu relatório de qualidade de vendas, que eu “deveria” entregar amanhã sem falta para meu chefe. Mais infelizmente quando minha mente vaga por anos atrás, eu me perco no passado.
–Oi princesinha, desculpe, mamãe estava distraída.
Ela riu e pôs as mãos uma de cada lado do meu rosto.
–Distraída é pouco né mamãe. É que você prometeu que iria me levar para comprar o presente do papai hoje.
Puttz, eu esqueci completamente desse detalhe.
..........
Que maravilha, hoje meu excelentíssimo esposo está completando 27 primaveras, e eu simplesmente não me recordei. Deus, eu era tão desligada quando o assunto se referia a datas comemorativas, só não me esquecia de datas que tinha haver com Sophie, estas estavam marcadas a ferro em meu coração e mente.
Poxa Jake merecia uma esposa mais atenta, levando em conta que ele me presenteia até mesmo quando não comemoramos nada. Mais hoje, honestamente falando, não estava com pique de enfrentar lojas de shopping para comprar presentes. Mais eu tenho certeza que há alguém que vai adorar encarar essa missão por mim.
Peguei meu celular, e disquei o numero do meu anjo da guarda.
–Ali, sou eu minha flor – mesmo depois de tantos anos, Alice a noiva do meu irmão, era minha melhor amiga, na verdade ela era minha cunhada, levando em conta o fato de que em pouco tempo ela se tornaria a sra Swan.
–Preciso de um mega favor teu - disse ela – Ah, mais eu tenho certeza que um favor que envolva passeio com Sophie e compras irá te agradar e muito – pronto, agora ela não recusaria.
–kkkk, é eu conheço bem você sua danada- ela era uma compulsiva por compras, e com certeza iria nessa missão por mim.
–Olha só, vou direto ao ponto- disse a ela logo que ela parou de resmungar quando o assunto sobrinha favorita e seu hobby foram mencionados – Esqueci completamente do aniversário do Jake, e o pior de tudo, é que estou atolada e não dá tempo de sair de casa, por favor, por favor, por favoooor, acompanha a Sophie para comprar presentes para ele, estou completamente atolada de trabalho em casa, e não posso nem sonhar e sair agora.
–Ok, vou deixa lá prontinha te esperando – Ah, sei lá, compra uma camisa bonita pra Sô dar, e eu queria dar um relógio pra ele, tendo em vista que o outro ele arrebentou na oficina. – Certo meia hora então, já vou arruma lá... Beijos.
Desliguei o celular, e peguei nos braços minha princesinha para arruma lá, por que quando se trata de sair com sua tia, ela tem que estar parecendo uma miniatura da Barbie, isso, ou eu tenho meu pescoço arrancado com o discurso de Alice, de que depois que me casei, perdi meu senso completo de moda. Na verdade eu perdi a noção de tudo quando ele... Deixa pra lá.
– Senhor! Acho que tem gente exagerando muito no fast food hein mocinha? – perguntei rindo para minha boneca que já quase não cabe mais em meus braços.
–Quem vê pensa né mamãe... A sra não me deixa chegar perto do Mc Donalds antes do fim de semana – minha bonequinha respondeu sorrindo.
–Tá vendo só como sou uma ótima mãe, você ainda vai quase todo fim de semana lá, agora chega de enrolação e toma uma ducha rapidinha, a tia Ali já deve estar chegando.
–Mais porque a sra não vai junto? – céus, eu quase não resisto quando ela faz esse biquinho.
–A mamãe está cheia de trabalho em casa hoje princesa, e tenho que terminar de organizar as coisas para o jantar hoje à noite também. Comprarei um bolinho para o pai, todos estarão aqui.
Deixei a no banho e fui procurar uma roupinha. O guarda roupa de Sophie não comportava todas as roupas que Alice e Rose compravam para ela, sem falar que precisei montar um compartimento embaixo da cama dela para os sapatos, ela tinha mais roupas do que eu e o Jake juntos. Meio perdida dentre tantas opções, acabei optando por uma blusinha branca de gola alta, um, sobretudo pink, meia calça branca e uma sapatilha rosa bebê, separei um cachecol trançado em branco e rosa, e seu gorrinho branco, afinal o frio lá fora era cortante, e Sophie tinha uma facilidade de ficar resfriada que era incrível.
–Sophieee, já acabou? – perguntei em quanto buscava seu roupão.
–Yep mamãe – fui em direção ao banheiro, liberando o vapor da água quente para seu quarto, enfiei lhe o roupão e corri com ela para o quarto.
Depois de trocada, estava escovando seus cabelos, lindos, lisos e negros iguais do pai, na verdade ela era uma cópia exata do Jake, exceto as covinhas e os olhos azuis que vinham de herança da Angie e de minha mãe.
Bibibi...
–Vamos antes que sua tia funda a buzina do carro dela – peguei Sophie pela mão e fui em direção à porta, dando de cara com uma baixinha espivitada.
–Ei Ali, é por isso que te amo cunhadinha – disse abraçando a.
–Espero sinceramente minha amiga que o motivo de toda essa distração sua, que leva ao ponto de esquecer o aniversário do próprio marido, não tenha nada haver com o fato de que...Er...daqui alguns dias...bem você sabe. Você contabiliza há quantos anos você conheceu meu irmão – ela arqueou as sobrancelhas e torceou o nariz enquanto disse a ultima parte sussurrando de modo que só eu ouvisse.
–Ali, não viaja ok, não demore muito no shopping, quero vocês em casa no máximo as 20 h para começarmos o jantar.
–Sim senhora Black-bateu continência e seguiu puxando Sophie pela mão rumo ao carro.
–Tchau mamãe... - deu-me um beijo - Eu te amo.
–Princesa se comporte ok, nada de gastar mais do que o combinado.
Vi minha princesa correndo para o carro e entrei para casa, o frio realmente era desagradável hoje.
Pai! Porque Alice tinha de ser tão perceptiva, eu não ficava contabilizando o dia em que eu conhecera seu irmão até os dias de hoje, mais não tinha como negar que foi logo após o mês de aniversário do Jake, certo, na verdade foi exatamente um mês após a festa do Jake, a mesma festa em que eu perdi o grau de consciência e me entreguei ao Mike. Por onde será que o Mike anda hein...
Subi de volta ao meu quarto tentando por as ideias em ordem e resolver o que fazer primeiro: Terminar meu trabalho no notebook, ligar encomendando o bolo do Jake, ou...
Certo, lembrar só mais um pouquinho do passado não é tão torturantes assim. Ou é?
FLASHBACK ON
–Você está muito gostosinha Isabella... É até um pecado uma meninha da sua idade ser tão tentadora.
Naquele momento eu nem lembrava mais como respirar, ele dizia meu nome de uma forma tão sedutora, tão particular que provavelmente eu estaria gozando se ele dissesse mais uma vez. Ele começou a subir minha blusa, deixando a mostra meus seios intumescidos pelo prazer.
–Tão lindos – um seio foi tomado com delicadeza pela sua boca, rodeando com a ponta da língua o mamilo, enquanto o outro, não abandonado, foi acariciado pela mão quente e forte.
–Oh Edwa... rd – eu só sabia gemer, nunca tinha sentido tamanho prazer. Institivamente comecei a rebolar em seu colo, tentando em vão com a fricção de sua calça jeans amenizar meu sofrimento.
Puxei o pelos cabelos, entrelaçando meus dedos em sua nuca com uma força demasiada grande, e levando minha boca de encontro a sua, seus olhos tão costumeiros verdes, estavam negros de desejo.
Beijei o com tanta paixão...Sim paixão, eu estava apaixonada por Edward Cullen, pode até ser meio clichê dizer que foi amor a primeira vista, mais eu tinha certeza que se tratava exatamente disso. Era amor, paixão, desejo...
Escutamos barulho de pessoas indo e vindo no banheiro, droga, minha consciência tinha que voltar agora.
–Hum, Edward...-gemi novamente- É melhor pararmos por aqui, está lotando de gente, e logo vão perceber- eu sussurrei em seu ouvido. Ele gemeu e colou novamente sua testa na minha.
–Você está certa. –Levante se – ordenou em sua voz rouca, e prontamente atendi, já arrumando minha saia e abaixando minha blusa.
–Vou sair primeiro, lavar o rosto e a nuca, espero alguns minutos e saia em seguida – assenti com a cabeça, gesto que passou despercebido por ele, afinal ele já tinha me dado às costas e saído. GROSSO. Mais meu coração ainda batia acelerado.
Esperei os tais minutos, e quando percebi silencio absoluto dei um passo fora da cabine, fui até a pia, lavei meu rosto e meus pulsos, para tentar em vão aplacar a fervura em minha pele. Levantei os olhos para o espelho e quase tive um treco, quando notei meu cabelo todo bagunçado e meus lábios inchados e mais vermelhos que o comum. Em compensação meus olhos tinham um brilho “explicável”, misto de desejo e paixão.
Fui em disparada para a porta até que um rapaz entra por ela e me olha de cima em baixo.
–Ei gatinha, errou o caminho do banheiro foi? – corei absurdos enquanto abaixava a cabeça e seguia porta afora.
Já fora do banheiro, corri em direção aos meus amigos, eles deveriam estar preocupados pelo meu sumiço. Só espero que o Mike não tenha aparecido.
–Onde.Você.Vai? –o príncipe perguntou pausadamente em meu ouvido enquanto agarrava minha cintura de encontro ao seu corpo.
–Edward... Eu achei que tivesse ido embora. Quer dizer você saiu, e haha, sei lá.
–Venha – me virou e entrelaçou minha mão direita na sua.
Estaquei, onde ele quer me levar agora? Trancar se comigo no banheiro feminino dessa vez?
–Ei, pare, estou com meus amigos e eles devem estar pre...- ele me interrompeu bruscamente.
–Não perguntei com quem veio, estou te levando embora pra sua casa.
Senti-me um lixo, como ele pode praticamente me encher de desejo há alguns minutos e depois ser tão frio e severo.
–Não vou a lugar algum com você, estou acompanhada de meus amigos, e ELES me levarão embora – dei ênfase ao eles, para ele perceber que não estava sozinha.
–Ok pequena – ele se aproximou e afagou minha bochecha com a palma da sua mão ainda entrelaçada na minha – Vamos embora comigo e você avisa seus amigos pelo celular que aceitou uma carona de um velho conhecido – sorriu torto e eu idiota que sou, nem recusei.
Assenti com a cabeça e segui com ele para o estacionamento, paramos ao lado do seu Volvo prata, lindo e maravilhoso, e ele gentilmente abriu a porta para eu entrar. Vai entender, esse cara é bipolar.
Entrou e pôs o carro em movimento, ele estava em silencio, com uma expressão pensativa, a mão direita estava encostada no vidro do carro e apoiada em seu cabelo, e a outra estava no volante, evidenciando os nós brancos de seus dedos.
Eu não iria puxar assunto, estava nervosa demais, e tinha receio de minha voz falhar miseravelmente. Mais o silencio não perdurou.
–Quantos anos tem Bella? – perguntou sem nem ao menos dirigir se a mim.
–14 – sussurrei com a face ardendo em vergonha.
–Porra – ele gritou puxando os cabelos pra cima quase perdendo o fio da direção – Eu sou um maldito de um pedófilo, droga.
Ele estava visivelmente nervoso, e eu temia dizer alguma coisa e estragar mais ainda o que nem tínhamos.
–Onde você mora? – ele perguntou em tom mais ameno.
Expliquei meu endereço e logo em seguida ele estava estacionado em frente minha casa. Despi-me rapidamente do cinto, e segui abrindo a porta.
–Bella – ele me chamou segurando em meu ombro, estremeci quando senti mais uma descarga elétrica.
–Sim – minha voz era inaudível, sentia meus olhos querendo me trair devido ao desprezo momentâneo dele.
–Me desculpe, eu..eu não deveria. Perdoe-me, você ainda é uma menina, e eu perdi a cabeça quando te vi dançando na boate. Sinto muito.
–Não sinta, e não se martirize – disse com minha voz de tremula –Eu não me arrependo do que aconteceu na boate, foi bom, e eu gostei muito.
–E se você se preocupa pelo fato de eu ter 14 anos ainda e tiver minha virtude intacta, nem se lamente você não será o cara que vá me estrear – infelizmente, acrescentei mentalmente.
–Peraê, você está me dizendo que tem a maldita idade de 14 anos e não é mais virgem? – ele franziu o cenho visivelmente em choque.
–Sim, estou lhe afirmando isso, porém quer seja o que tenha acontecido naquela boate, foi por que eu quis e permiti - Sai do carro e bati a porta com toda a minha força, escutando outra porta sendo aberta.
Tentei passar por ele para entrar em casa, mais ele fora mais rápido. Puxou-me de encontro ao seu corpo, encostando se no carro.
–Então quer dizer que eu posso degustar o vinho ao mesmo tempo em que aprecio o buquê?
Nem respondi, ele envolveu minha nuca, e deslizou sua língua pelos meus lábios, e eu permiti sua passagem. O beijo dele era intenso e maravilhoso, meu coração batia descompassado. Senti suas mãos serpenteando minhas costas e rapidamente envolvi meus braços em seu pescoço tentando em vão, fundi lo a mim.
–Acho que agora é hora de entrar menininha – soltou-me e me deu mais um selinho.
–Certo, até mais então? – perguntei indecisa, afinal será que ele queria me ver novamente? Deus queira que sim, pois meu coração não resistiria a me afastar dele agora.
–Até – bateu continência e eu me virei para entrar, ganhando de brinde um tapinha na bunda. Olhei por sobre os ombros para ele a tempo de ver seu sorrisinho sem vergonha.
Entrei rapidamente em casa, e fui em direção a janela só pra ver seu carro partindo.
–Ai... – suspirei levando uma mão ao peito.
–Isabella... – a voz grossa soou atrás de mim. MORRI.

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